Lá nos primeiros períodos da faculdade de administração, debruçados sobre o que considero a bíblia do curso, a Teoria Geral de Administração, aprendemos sobre a Teoria da Burocracia, que desenvolvida pelo economista alemão Max Weber pretendia dentre outras coisas que, funcionários cumprissem tarefas de acordo com regras e regulamentos escritos.
Na teoria, funcionaria de modo a envolver o maior número de pessoas em processos bem definidos a fim de evitar o retrabalho e erros para deliberação, seguindo procedimentos rotineiros, o que seria mais ágil e exemplar. Segundo Weber, “a burocracia era a organização por excelência”.
Porém, na prática, a burocracia virou um adjetivo, negativo é verdade. Quando falamos em algo burocrático logo associamos a algo demorado, feito com má vontade de se resolver demandas, dificultando e engessando todo o processo, deixando a bel prazer dos burocratas, e sabe-se lá quando conseguiremos a solução.
Logo ligamos burocracia a órgãos públicos, na verdade ela surgiu para repartições públicas e o controle estatal, entretanto cada vez mais empresas privadas buscam – sabe-se lá por que – burocratizar demais seus processos, demorando assim nas decisões que precisam ser cada vez mais ágeis diante de toda dinâmica do mercado.
A burocracia não é de toda ruim, sua ideia inicial era tonar tudo mais eficiente, mas seu fracasso na aplicação é cada vez mais comum, e de certa forma, todos nós sofremos.
Não falo aqui que devemos acabar com a burocracia, não mesmo, ela é importante. Devemos aperfeiçoá-la, remodelando-a aos novos tempos e a novas tendências, onde ano após ano, estamos apenas transformando a burocracia numa burrocracia aceitável.
Estou no Twitter: @vanildoneto