quinta-feira, 17 de março de 2011

EXAME – Infraestrutura

A reportagem de capa da edição 966 da revista Exame trás um tema que será largamente discutido no Brasil (e fora dele) durante os próximos anos: Infraestrutura.

A reportagem começa descrevendo brevemente como será o complexo do porto do Açu, da LLX, braço logístico do grupo empresarial de Eike Batista. Um excelente exemplo de avanço no quesito de infraestrutura. Pois além de melhorar os negócios e otimizar diversos processos logísticos para o grupo de Eike, irá criar dezenas de milhares de empregos para a indústria local, e terá uma demanda imensa de mão de obra especializada.revista exame infraestruturaDe acordo com a reportagem, é muito provável que estejamos vendo uma nova era no setor de infraestrutura brasileira. Algo que não acontece desde os anos 70, quando os militares implantaram diversos projetos de infraestrutura pelo Brasil a fora.
Esta com certeza esta será uma década que será lembrada pelo crescimento e desenvolvimento do Brasil. Não somente se afirmando como potência econômica internacional, mas também entregando, conforme o desejado, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Esses dois eventos certamente serão um reflexo do sucesso (ou fracasso) brasileiro.

Para que estes dois eventos, e também uma expansão econômica, aconteça no Brasil, diversos aspectos da infraestrutura nacional devem ser melhorados. A reportagem listou e classificou alguns desses aspectos em:“Avançado”; “Intermediário”; e “Atrasado”.

  • Ferrovias: “Intermediário”
    • Apesar dos diversos projetos no papel e em andamento no Brasil, com certeza muito ainda pode ser feito nesse setor. Os custos de transporte de para diversos setores do mercado nacional com certeza cairiam drasticamente. Barateando o produto e tornando-o mais competitivo, e desabarrotando as rodovias estaduais.
  • Saneamento: “Atrasado”
    • Superpopulações produzem enormes quantidades de lixo e esgoto. De acordo com a reportagem, O Brasil leva água a 82% das casas, recolhe 51% do esgoto e trata um terço dos desejos. Estes percentuais deveriam estar entre 90 e 100%. Além de melhorar a saúde da população em geral, e reduzir gastos com saúde, isso otimizaria nosso consumo de água, aumentando a vida útil de nossas fontes de água potável.
  • Portos: “Intermediário”
    • Da mesma forma que as ferrovias ajudarão a reduzir os custos com transporte, os portos também irão. Porém, os portos estão mais ligados a exportação do que a circulação interna de produtos (e matéria-prima). Os portos são muito usados para o transporte de cargas intercontinentais, o que não pode ser feito pelas ferrovias.
  • Energia: “Avançado”
    • Nosso país é extremamente rico em recursos naturais. Projetos como o da usina hidroelétrica de Santo Antônio são exemplos de como podemos explorar nosso potencial de forma renovável e rentável aos investidores. Com certeza sempre há o que melhorar, mas este é um aspecto que está muito bem desenvolvido e estruturado no Brasil.
  • Aeroportos: “Atrasado”
    • Atrasos, cancelamentos, longas esperas e filas. Estas são palavras muito presentes no dia-a-dia dos aeroportos brasileiros. Existe muito a ser feito na infraestrutura dos aeroportos no Brasil. O esforço da Gol Linhas Aéreas em trazer ao mercado a população de menor renda é louvável (e na minha opinião uma ótima estratégia de crescimento). Porém esse crescimento será barrado pela infraestrutura dos aeroportos, que comparado aos outros aeroportos pelo mundo afora, não é uma das mais avançadas.
  • Estradas: “Intermediário”
    • Diversos projetos de duplicações e ampliações estão fazendo com que seja cada vez mais seguro (e confortável) viajar de carro. O fato de que muita gente agora prefere pagar um pouco a mais e viajar de avião, ajudou a melhorar esse quadro. Mas ainda existe muito a ser melhorado e construído.

Parabéns a EXAME que mostrou de forma ampla estes diversos aspectos da infraestrutura brasileira. Se desejamos ver o Brasil crescer e se tornar uma potência internacional, precisamos primeiro por ordem dentro de casa. E para isso devemos escolher sabiamente quem governará nosso país pelos próximos quatro anos, pois ele (ou ela) deverá arregaçar as mangas e por a mão na massa.

De Florianópolis,
Hugo Oliveira Campos.

Fonte: Revista EXAME, Edição #966, Abril de 2010.

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