terça-feira, 8 de março de 2011

Você S/A – Atenção aos sinais

Esta reportagem da Você S/A fala um pouco do vasto campo da linguagem corporal. A linguagem corporal é algo extremamente complexo e ao mesmo tempo fascinante, pois, na maioria das vezes, é o nosso subconsciente que comanda nossos sinais mais sutis, que a maioria das pessoas (em especial as mulheres) percebe, mas nem sempre sabe dizer o por que de “achar aquele cara meio estranho” ou “ter gostado mais de tal candidato”, etc.linguagem corporal Elisa Tozzi fala sobre seis diferentes posições que podem acontecer durante uma reunião:

  • Poderoso relaxado: A posição estimula a pessoa a correr riscos. A sensação de poder propicia o aumento dos níveis de testosterona (que regula a agressividade) e a queda dos níveis de cortisol (hormônio associado ao estresse). Isso causa bem-estar. A versão light dela é comum nas empresas: um chefe com as mãos atrás da cabeça e o tronco inclinado para trás. Imite sem exagerar, para não parecer arrogância.
  • Autoestima em baixa: Sentar-se na borda da cadeira com os ombros encolhidos e as mãos em cima do colo é mau sinal. A posição representa culpa, falta de poder e autoestima lá embaixo. Segundo o livro Linguagem Corporal no Trabalho, da britânica Judi James, quem se senta desse jeito está muito desconfortável com alguma situação e quer sair correndo por isso fica na beira da cadeira.
  • Líder clássico: Quem se senta assim quer transparecer status. Mãos em posição de oração revelam uma pessoa analítica, crítica e que se protege por trás de uma máscara. É alguém que vai disfarçar as reações – boas ou más. Mas cuidado. Muitas pessoas se sentam assim premeditadamente. “Nem sempre quem projeta o corpo dessa maneira é tão confiante quanto parece”, diz Sergio Pires.
  • Grande desconforto: Postura ambígua. O tronco demonstra tranquilidade e extroversão, com os braços desembaraçados e o sorriso calmo. Já a parte inferior mostra que essa pessoa não está tão confortável quanto tenta parecer. Os tornozelos cruzados em uma posição que desafia o equilíbrio indicam apreensão e desconforto. Segundo Sergio, quem se posiciona assim está fazendo, por pura obrigação, algo que odeia. “O profissional finge que está feliz ao falar com determinado interlocutor, mas os pés contam a verdade: há um grande incômodo.”
  • Apatia e medo: Só abraça o próprio corpo que se sente ameaçado e percebe que não tem poder para solucionar problemas. “É uma postura de preservação”, dia Sergio Pires. Ficar nessa pose também desencadeia reações físicas. Segundo a pesquisa americana, pessoas que se encolhem demais produzem muito cortisol e pouca testosterona, exatamente o contrário do que proporciona uma pose de poder. A combinação desses hormônio é catastrófica. O cérebro entende que está ameaçado e que não é capaz de resolver problemas.
  • Agressividade: Se no meio de uma negociação alguém se levantar , inclinar o tronco em sua direção e manter uma das mãos espalmada no tampo da mesa, saiba que você está lidando com um profissional que quer mostrar que quem manda ali é ele. A mão em cima da mesa demonstra impulsão e o tronco inclinado, interesse e agressividade. “É uma posição de quem exige uma tomada rápida e decisão”, explica Sergio Pires. Além do chefe, pode acontecer de um cliente se posicionar assim numa reunião.

Além destas posições durante uma conversação, Elisa Tozzi também fala sobre o que dizer algumas expressões faciais e também qual é o melhor lugar para sentar-se em uma mesa de reuniões.

Eu acho extremamente válido que todos estudem um pouco sobre o que diz sua própria linguagem corporal. Não precisamos ser chefes, nem sócios de empresas e nem presidentes de companhias para aprendermos a demonstrar sinais de que denotam que somos confiantes e estamos interessados no assunto. Desta maneira, mesmo que não seja de forma consciente, estaremos conquistando a confiança de nossos superiores e pares, pois estaremos sempre demonstrando uma imagem agradável.

-Isn’t it Mr. President?

body language president bush

Para concluir, gostaria de indicar um excelente livro que li várias vezes, e sempre aprendo algum detalhe a mais cada vez que torno a lê-lo: Desvendando os segredos da linguagem corporal, de Allan & Barbara Pease, editora Sextante. É um livro surpreendente e que ensina diversos detalhes sobre como agir nas mais diversas situações. Fica então a dica e um bom pedaço da reportagem da Você S/A, vale a pena conferir.

De Florianópolis,
Hugo Oliveira Campos.

Fonte: Revista Você S/A, Edição #151, Janeiro de 2011, Páginas 56 a 58.

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