sábado, 12 de novembro de 2011

A ARTE DE EMPREENDER: A CASA DE US$ 300



Espero que esteja tudo bem contigo!

Proponho uma breve contextualização sobre o empreendedorismo baseado na literatura acadêmica.

Schumpeter destaca o papel fundamental da inovação no ato de empreender e seu impacto no crescimento econômico. Distingue entre invenções (novas ideias e conceitos) e inovações (uma nova combinação de recursos produtivos). Segundo o autor, o desenvolvimento é possível quando ocorre inovação. Existem, segundo ele, 5 diferentes tipos de inovação:

  1. Introdução de novos produtos no mercado ou de produtos já existentes, mas melhorados;
  2. Novos métodos de produção;
  3. Abertura de novos mercados;
  4. Utilização de novas fontes de matérias-primas;
  5. Surgimento de novas formas de organização de uma indústria.
O empreendedor é, por excelência, o agente detentor dos “mecanismos de mudança”, com capacidade de explorar novas oportunidades, pela combinação de distintos recursos ou diferentes combinações de um mesmo recurso. As inovações podem contrabalançar ou compensar a tendência a taxas de retorno decrescentes na indústria ou na economia em geral. A habilidade de identificar e perseguir novas formas de associação de recursos e novas oportunidades no mercado é a atividade empreendedora por excelência. Gera, permanentemente, desequilíbrios, tornando possível a transformação e o crescimento. Segundo o autor, designa-se por empresas a implementação de novas combinações, e por empreendedores, aqueles cuja função é viabilizá-las.

Dornelas faz uma reflexão sobre o empreendedorismo, comenta:


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Quem é o empreendedor?
Dornelas responde esta pergunta através da seguinte matriz:


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Conclui-se através desta matriz que o empreendedor tem características fortes relacionadas ao aspecto criativo e inovador e possui a capacidade de reinventar/construir novos modelos que viabilizem um produto/serviço.

Baseado nesta premissa selecionei hoje o texto “A casa de US$ 300” publicado na edição deste mês (Novembro/2011) da Harvard Business Review. O escopo do projeto envolve:



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Comenta que há um desafio na base da pirâmide, é o seguinte:

Criar uma casa segura e bem projetada que caiba no bolso da população mais destituída do planeta.

Ao lançar o desafio num blog do site HBR.org em Agosto de 2010, Vijay Govindarajan e Christian Sarkar apresentaram um esboço simples de uma possível solução – e indagaram se seria possível produzir em massa uma versão por US$ 300.

De lá para cá, a casa de US$ 300 virou todo um movimento, com uma crescente lista de colaboradores, um site (300house.com) e patrocínio da iniciativa privada.

Em Junho, o grupo anunciou o vencedor de um primeiro concurso de projeto, patrocinado pela Ingersoll Rand. Confira ao lado o modelo vitorioso, eleito por membros da comunidade online no site jovoto.com.
 

A seguir, veja o projeto da ilustrado.

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Cada vez mais as universidades, instituições, governo, entre outros, valorizam a cultura de empreender para crescer e gerar ideias.

Conceito formidável, estudo bem embasado e proposta nítida e objetiva.
Este é o sinônimo de um trabalho bem feito na arte do empreendedorismo com fim social.

Parabéns aos envolvidos e que o projeto entre em prática.


“Sempre enfatizei que o empreendedor é o homem que realiza coisas novas e não, necessariamente, aquele que inventa”.
Schumpeter

Abraços,
Eduardo Silva

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