segunda-feira, 1 de agosto de 2011

UNIVERSIA - 8 COISAS QUE NINGUÉM CONTA SOBRE TRABALHAR COM WEB DESIGN



Profissão masoquista? Talvez, pois esse tipo de situação é mais do que rotineira em todas as áreas envolvidas no meio criativo (design - web/gráfico/produto, publicidade, marketing, etc), e a maioria das pessoas que veem de fora não imaginam o quão complexo (física e mentalmente) seja esse tipo de 'trabalho despojado' e acabam criando falsas expectativas ao redor desse mundo...mas vamos ver as curiosidades em questão:

1) As ferramentas que você usa não importam
Termos como Perl, WAP, WML e FBML não são mais usados. A AOL foi esmagada por conexões de Internet banda larga. O código foi extinto e até o Yahoo! passou de site promissor a um portal comum. Muita coisa muda em 10 anos na indústria da web.
Em um futuro não muito longe ninguém será capaz de impressionar um potencial cliente com ideias sobre HTML 5, CSS3 e Flash/ActionScript.
As ferramentas hoje usadas têm vida média de aproximadamente 3 a 5 anos. Portanto, os meios que você realiza seu trabalho são irrelevantes. Os profissionais com mente aberta e que estão em constante aprendizado vão se destacar e ter sucesso em longo prazo.
2) Não dependa de ninguém para experimentar. Crie você mesmo!
Ser um web designer sem portfólio passa uma imagem de preguiça e falta de interesse com a profissão. Muitos contam apenas com as empresas que trabalham para desenvolver, mas é importante criar algo seu.
Grupos sem fins lucrativos, igrejas, clubes e empresas de pequeno porte adorariam receber uma ajuda para montar um site. O orçamento pode ser pequeno ou até não existir, mas é a partir desses cases que é possível criar um portfólio mais sólido.
Para conseguir um emprego na área você competirá com pessoas com muitos projetos já criados e se tiver algum especial que surgiu de uma ideia sua também contará pontos a seu favor, bem como o depoimento dessas pessoas que ajudou.
Se não tem interesse em design e tecnologia para desenvolver essas ideias talvez seja necessário repensar a escolha da profissão, pois sem paixão por desenvolver e aprender sua carreira não será muito proveitosa.
3) Especialize-se em algo
Existe uma enorme quantidade de web designer e pessoas que afirmam ser especialistas em tudo, de usabilidade, programação, SEO e design. Esses potenciais clientes têm poucas formas de separar quem são as pessoas realmente talentosas.
Para se destacar é preciso ter alguma especialidade. Se foque em uma nova habilidade, que o deixe adaptado para certos projetos específicos. Pode ser um pequeno site de vendas na web a páginas para igrejas.
Transforme sua habilidade em um diferencial que pode ajudá-lo a se destacar em seu nicho. Dizer apenas que é um "desenvolvedor web" é se vender pouco.
4) Não há problema em dizer ‘Não’
Com portfólio em mãos e uma boa carreira já pode ser exigente e escolher os projetos apenas que usam o máximo suas melhores habilidades. Se você for um ótimo designer se foque em trabalhos em que possa desenvolver isso e evite aceitar um projeto de uma página de comércio online, que não gostaria de fazer.
Não aceite também fazer um projeto no Drupal se prefere mexer com o WordPress. Você produzirá um projeto e não terá orgulho algum dele, além da sua falta de paixão aparecer no resultado final.
Não há problema em recusar um projeto porque não se encaixa no que é pedido. Há clientes que querem tomar todas as decisões de layout e design e você pode não se sentir bem com isso, portanto o ideal é recusar a oferta.
Se o projeto também é organizado por uma equipe que não toma decisões também pode ser um alerta para recusar o trabalho e não cair em uma armadilha.
5) Definir o projeto é crucial
Seu cliente com certeza acredita que seu sobrinho de 14 anos pode fazer o mesmo trabalho que você e mais barato. Portanto, trabalhe com cuidado e defina e documente tudo que será feito. O propósito de definir cada passo que será dado no projeto garante ao cliente que ele entenderá todas as suas responsabilidades nesse projeto. Se você tornar seus processos claros será possível alinhar as expectativas e não receber a culpa por algum erro que não seja seu. É importante esmiuçar todo o projeto e descrever cada demanda e prazo para ação.
6) Quanto menor o orçamento, maior a dor de cabeça
É uma questão econômica, com um orçamento de milhões de reais e só gastará 50 mil desses no design do website. A tendência é que ser mais aberto para gastar do que se tivesse um orçamento de dois mil reais e gastasse metade só design da página.
Clientes grandes tendem a gerir muitos outros projetos e, por isso, contam com o profissional para ajudar e tomar decisões certas por eles. Já projetos menores têm pessoas mais práticas e menos dispostas a ouvir orientações. Eles não têm dinheiro para gastar e mesmo assim se colocam em risco.
7) O usuário sempre vem em primeiro lugar
Esse é um dos pontos mais difíceis para os desenvolvedores aceitarem. Especialmente para quem entrou recentemente nesse negócio e acredita que cada projeto é uma chance para se expressar e deixar aflorar sua genialidade. Mas isso só é válido quando o usuário aprova.
Design é uma parte essencial para que a audiência volte ao seu site, mesmo que algumas páginas famosas não ofereçam uma boa experiência para seus leitores.
Portanto, estude e se aprofunde na lógica do site para poder criar um design interessante para os clientes.
8) Deixe para lá
Quando o projeto estiver concluído muitos clientes começam a fazer atualizações e alterar o site por conta própria. Muitos colocarão cores berrantes, fotos de baixa resolução e logotipos desproporcionais. Faça o melhor para orientá-los e ofereça serviços extras com um bom preço. Deixe seus clientes livres para postarem o que quiserem e não se esqueça de capturar o formato original da página para seu portfólio.



E na área de vocês, há algo semelhante?


Até a próxima,

Érika C. Silva

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