quarta-feira, 15 de junho de 2011

VIVO - EDUARDO E MÔNICA

Há duas semanas atrás levantei o seguinte tema no post O Marketing Mais Bonito da Cidade: "Ações de marketing voltadas para a cultura pop, para o entretenimento, é um dos caminhos mais eficazes para as empresas e suas marcas atingirem o público-alvo e serem muito bem vistas por todos os demais consumidores." Para a minha felicidade, na semana passada a Vivo lançou um filme especial para comemorar os 25 anos do lançamento da música Eduardo e Monica do Legião Urbana, e coincidentemente veio numa época bem propícia para o mercado consumidor, o Dia dos Namorados.

Apesar de ser um estudante de Administração (e não de Marketing, Comunicação ou correlatas) entendo que ao criar uma campanha publicitária em que você não está vendendo somente um produto para um público específico, mas a sua marca está inserida em algum evento, vídeo, filme, música, a quantidade de consumidores que irão 'consumir' esta campanha é exponencialmente maior, pois aqueles que já são fiéis a sua marca continuarão, mas os que não são também serão atingidos.


Para exemplificar e explicar melhor, temos o vídeo da Vivo em questão, que atingiu e agradou milhões de pessoas, não somente os clientes da empresa (como eu). E isto chegou como um ótimo exemplo de como você pode atingir milhões de pessoas trabalhando apenas a sua marca. Em duas semanas tivemos espetaculares exemplos de ações de Marketing:

- um vídeo que poderia ter sido patrocinado por uma empresa, mas não foi e mesmo assim conseguiu atingir milhões de pessoas pela genialidade do clipe, da música e afins.

- um filme criado por uma das maiores empresas de telefonia móvel do Brasil - Vivo - em homenagem a história do casal mais querido do Brasil dos últimos 25 anos atingiu milhões de pessoas e foi o vídeo mais assistido no mundo na última Quinta-Feira.

O filme criado pela agência publicitária África traduziu de forma simplesmente genial uma história de amor que estava na mente de milhões de jovens, trintões e quarentões. Vale salientar que a idéia não é nova, em 2001 a empresa de telefonia ATL criou um comercial seguindo a mesma linha, mas nem isso tira a genialidade retratada no curta metragem da Vivo, que está passando nos cinemas da maioria das capitais do país.

A iniciativa da Vivo é o que chamamos de Brand Content, ferramenta de comunicação publicitária que conjuga de forma emocional o entretenimento com uma marca específica, em formatos como TV, internet, mídia impressa, rádio ou eventos. A ação da empresa está alinhada ao posicionamento da marca 'O amor nos conecta. A conexão transforma', o qual norteará a comunicação da empresa este ano. Dessa forma, não foi realizada pontualmente para o Dia dos Namorados e é parte de uma estratégia bem mais abrangente da companhia. A exibição do filme de quatro minutos nas salas de cinema entre 10 e 16 de junho é a única conexão com essa data.


Forte abraço,

Wellington Nascimento
"A arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta."
- Fernando Pessoa

10 comentários:

  1. muito bom!
    a ideia não foi tão original mas isso não diminui o mérito da produção da África comparada a produção da antiga ATL, né.?

    e sou suspeita pra falar,
    gosto de toda campanha que tenha certa 'ambiguidade' e que consiga assimilar sua marca a algo que já exista, algo que já funcione (culturalmente falando), algo que já seja lembrado pelos consumidores, que agora, também vão lembrar da marca.

    Vivo mandou muito bem!

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  2. 1. Não entedi: "um vídeo que poderia ter sido patrocinado por uma empresa, mas não foi e mesmo assim conseguiu atingir milhões de pessoas" (?)

    2. "O filme criado pela agência publicitária África traduziu de forma simplesmente genial uma história de amor..." Não tem "tradução". A música é o roteiro, o filme é "falou (música), mostrou (video)", até você teria feito assim. Ou colocaria a Mônica bebendo leite quando ele fala que ela tomava um conhaque? Então, o que há de genial?

    2. Nôo, tivesse você participado da campanha da ATL, não teria feito esse comentário infeliz. A diferença entre as duas peças é a seguinte: VERBA. O filme da Vivo custou, por baixo, R$ 1 milhão (apenas para ser feito, divulgação à parte). As demais diferenças são de linguagem e de tecnologia, coisas que não existiam na época do primeiro comercial. A idéia é a mesma. O que fizeram foi um remake da peça da ATL. E remake, em publicidade, em se tratando de empresas e agencias diferentes, e ainda mais sem mencionar (pelo contrário, se empenhando em esconder) a referencia, é plágio.
    Acho triste as pessoas acharem que só porque o da Vivo é melhor, e é claro que é mesmo, então tudo bem!

    Fatos: 1. o video da ATL apareceu no Youtube no dia 9 (não havia nenhum outro na net) e depois foi "misteriosamente" removido pelo dono do canal; demais usuários conseguiram recupera-lo e o disseminaram.
    2. com a bomba estourada, a Vivo emitiu resposta dizendo se tratar de "mera coincidencia". Ninguém lembrou de mencionar que o diretor de arte da Africa (Humberto Fernandez) trabalhava na agencia que fez o comercial da ATL naquela época;
    3. mas isso também estourou, e então a Africa emitiu resposta, dizendo que sim, ele trabalhava lá, mas não era da criação (como se ele - como qualquer outra pessoa envolvida - não tivesse da mesma forma obrigação de saber o que já foi produzido para esse mercado);
    4. Notas antigas no site do Meio&Mensagem mostravam que Humberto Fernandez era, sim, da criação da outra agência, ao contrário do que afirmou a Africa. Essas notas, logo descobertas, "misteriosamente" desapareceram do site (mas ainda podem ser encontradas no cache do Google).

    Enfim, tudo isso pra dizer que, se eles, que são eles, estão tão empenhados em esconder as referencias, quem somos nós pra dizer que não é plágio, não é mesmo?

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  3. nuss! in yo face man! yo FACE!!

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  4. Caro senhor anônimo,

    Em resposta a seu comentário:

    1 - Existe uma outra postagem no blog que falou do vídeo de muito sucesso de "a banda mais bonita da cidade", com a sua música oração. Segue post: http://administracaoparticipativa.blogspot.com/2011/06/o-marketing-mais-bonito-da-cidade.html

    2 - Traduzir não necesariamente está relacionado a palavras. Traduzir também pode significar: Exprimir, Interpretar; Manifestar-se; (fonte: http://www.priberam.pt/, onde procura-se os sinônimos do vocábulo "traduzir"). Portanto, reescrevendo a frase de meu colega, poderíamos dizer que "O filme criado pela agência publicitária África INTERPRETOU de forma simplesmente genial uma história de amor". Em outras palavras, a agência transformou a música, segundo a sua percepção e interpretação, em algo genial.

    3 - (Caso você não tenha prestado atenção nas aulas de matemática, depois do 2 vem o 3, ok?)
    É óbvio que os recursos disponíveis em ambas as ocasiões influencia muito no resultado final. Sem dúvidas uma produção com milhões de reais de investimento tende a ser de qualidade superior (portanto conquistando mais elogios) a uma produção com um orçamento mais modesto. Ninguém (muito menos a Nôo) contrariou tal fato.

    Fatos - Além de tudo que já foi dito, cabe a mim lembrar que a análise não é se a vivo agiu éticamente ou não, ou se plagiou ou não o trabalho de outras pessoas. A análise é com relação a forma em que o vídeo foi bem produzido e empregado em uma campanha de marketing.

    Não fazemos críticas destrutivas, e não atacamos nenhuma pessoa (física, como a Nôo, ou jurídica, como a Vivo). Seja mais cortês ao criticar, e evite fazer acusações desnecessárias. E por fim, tenha a dignidade de, da próxima vez, assinar em baixo do que fala (vai que alguém resolve "plagiar" o que você escreveu... ;D )

    Um forte abraço (sim, a você, desconhecido sem nome),

    Hugo.

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  5. O video da ATL pode não ter tido tanto impacto pq foi antes do BOOM da internet.

    Esse da vivo realmente mereceu ter todo esse sucesso. Basta olhar a qualidade do produto.

    As empresas de mkt tem que ver isso.... o video tem que ser de qualidade.

    Você pode investir milhões e usar tudo quanto é tipo de técnologia. Mas, se o trabalho não tiver qualidade e conteúdo, o trabalho estará perdido.

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  6. Creio que o objetivo da postagem foi mostrar um lado mais criativo dos vídeos atuais, assim como o link que o Hugo disponibilizou aqui.

    Apesar de ser importante, creio que nos ater a detalhes autorais não é o foco da postagem, portanto, vamos continuar venerando videos e propagandas que merecem por sua criatividade e inovação.

    Faço das palavras do Hugo as minhas, e acrescento que o objetivo do blog é partilhar ideias de maneira construtiva, respeitando opiniões, pois todas elas (sim, TODAS) serao levadas em consideração.

    Agradeço ao Will pela postagem, à Noo pelo comentario pertinente de uma estudante do ramo, ao Hugo por seu comentario, e também ao senhor "Anônimo" pelo comentario, e espero tambem comentarios tão pertinentes nos proximos posts ok?

    Muito Obrigado,
    Yuri Oliveira Carneiro

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  7. Nuossa, ainda bem que dei refresh aqui! Vamos lá:
    @Hugo
    1. Aaaah agora entendi. Obrigada pelo esclarecimento e, ao autor, mil desculpas pela distração.

    2. Eu sei os significados de "traduzir" mas, em todo caso, obrigada pelo empenho na aula. Digamos então que não há INTERPRETAÇÃO de PN em um video "falou/mostrou", como é o caso. Repito: a música é o roteiro. O que foi "interpretado"?

    3. (de fato, nunca prestei muita atenção nas aulas de matemática) O comentário anterior ao meu falava de "mérito" (da Africa), em "comparação" com o filme anterior. O texto do dono do blog fala o mesmo sobre a "genialidade" da Africa. É óbvio que ambos, especificamente nessas opiniões, ignoram os fatos que apontei, e só por isso os apontei!

    Fatos - os fatos foram apontados, como eu também já disse antes, apenas pra mostrar que se eles, "criadores", se esforçam tanto pra esconder que o trabalho foi, sim, uma idéia reaproveitada, quem somos nós pra chamá-los de "gênios"?
    Me surpreende que você, uma pessoa que sabe até contar até três, não consiga entender isso.

    Quanto às "críticas destrutivas", na verdade foram apenas comentários ao texto, ao assunto tratado, ao assunto comentado. Está escrito aqui em cima "Postar um comentário", e foi o que fiz. Só não esperava encontrar nesse espaço uma pessoa tão melindrosa a ponto de considerar o que escrevi como "ataque" ou "acusação desnecessária".

    Por fim, postei anonimamente da primeira vez por pura preguiça, mas agora escolho permanecer no anonimato, por uma simples questão de INDIGNIDADE. Te contar viu...

    @Yuri
    Ok, meus comentários estavam totalmente fora do foco da discussão aqui. Era só pra ter comentários de "clap clap clap", foi mal. Comecem a moderar os comentários que aí fica bom pra vocês (se é que mais alguém vai pintar por aqui com opiniões tão fora do quadrado como as minhas).
    Antes de me retirar daqui pra sempre, queria lembrar uma coisa bastante simples, mas que, como todas as coisas simples e óbvias, muitas vezes as pessoas ignoram: argumentos contrários não significam desrespeito de opinião, muito pelo CONTRÁRIO.

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  8. Sr(a) anônimo(a),

    Demorei mas cá estou eu aqui para responder as questões acima levantadas. Antes de mais nada, obrigado pelos comentários Noo e pela defesa Hugo e Yuri.

    Vale lembrar que todos os comentários a respeito da forma que escrevi o post, não serão levados em consideração e ponto final.

    Quanto aos fatos levantados sobre o plágio, orçamento, tecnologia e afins, acredito que se você realizou tanta pesquisa e leitura para ter argumentos tão embasados assim, deveria sim ter se identificado, simplesmente porque a forma que você interpretou toda essa situação (o vídeo, ATL x Vivo) me deixou intrigado e até interessado nesse tom sarcástico dos comentários feitos.

    Realmente espero por um novo comentário, num próximo post nosso!

    Forte abraço,
    Wellington Nascimento

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  9. Sr. Anônimo,

    Não esperamos somente aplausos, mas respeito mútuo é algo que esperamos de todos. Respeitamos para sermos respeitados.

    Não apagamos nenhum comentário, pois não temos vergonha de nada do que escrevemos e nem de nenhuma crítica (construtiva ou não) ou elogio feito.

    De qualquer forma, é uma pena que não irá mais acompanhar nosso blog. Mas de qualquer forma o convido a voltar e a comentar novamente. Meu único pedido é que seja mais cortês ao criticar.

    Um grande abraço, e sucesso a você.

    Hugo.

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