Há mais profissionais saindo das empresas para abrir o próprio negócio. O número de mulheres empreendendo já é quase igual ao de homens. Seis em cada dez jovens estão estudando para criar o próprio negócio. Saiba como surfar nessa onda.
Na matéria de capa da revista Você S/A de setembro, Adriana Carvalho e Wellington Miyazaki trazem dados importantes sobre a consolidação do empreendedorismo como alternativa de carreira para os brasileiros.
Segundo pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM) em parceria com o Sebrae, o empreendedorismo por oportunidade está cada vez mais presente que o empreendedorismo por necessidade, ao contrário do que acontecia há uma década, em que só virava empreendedor quem não tinha opção de seguir uma carreira profissional. A pesquisa aponta ainda que 53% dos novos donos de empresa têm entre 18 e 34 anos, o que só confirma o boom de jovens empreendedores no Brasil.
Variáveis como as novas condições do mercado e a baixa na inflação ocorrida a partir da década de 90, com o Plano Real, são apontados como responsáveis pelo surgimento do ambiente ideal para novos negócios, mais seguros e rentáveis.
As empresas criadas por oportunidade tem mais chances de sobreviver, pois há mais planejamento em sua concepção, aumentando a confiança de investidores e todos os stakeholders.
Já o empreendedorismo por necessidade tem perdido força, frente as inumeras possibilidades de adquirir conhecimentos antes de cair de cabeça em um negócio. Hoje o acesso à informação é quase universal e muitas pessoas, que antes tomariam decisões precipitadas pela necessidade de sobrevivência, agora buscam saber quais os riscos envolvidos e tudo que compõe a atividade que pretendem desenvolver, aumentando as chances de a empresa dar certo.
Com isso aquela famosa taxa de mortalidade das empresas nos primeiros dois anos, reduziu de 35% em 2002 para 27% em 2012. Ainda é pouco, mas pode ser um indicativo de que estamos avançando.
Então, diante desses fatores, a Você S/A resolveu tirar as principais dúvidas dos futuros empreendedores, para que sigam mais seguros nessa jornada atribulada.
Quando trocar o salário pelo Pró-labore?
Um levantamento feito pela consultoria de recolocação LHH|DBM registrou que, entre janeiro e julho de 2012, 20% dos profissionais que a procuraram resolveram trocar a carteira assinada pelo próprio negócio. As motivações são as mesmas que as suas: liberdade para criar, flexibilidade de horários, possíveis ganhos maiores, autonomia e por ai vai.
Porém, as motivações e sonhos não são suficientes para construir um negócio. É preciso planejar, para que você não acabe pedindo seu emprego de volta. Antes de pedir demissão, pesquise o mercado, converse com pessoas da área que você quer atuar, bem sucedidas de preferência, consiga o máximo de informações possíveis e faça uma reserva financeira, sempre que possível.
Muitos dizem que há casos em que não dá para economizar porque tudo aconteceu muito rápido e não podia perder a oportunidade. Então o ideal é começar a poupar agora, antes de tudo, para estar preparado quando a oportunidade surgir.
Plano de Negócios, precisa?
Se você quer que as pessoas conheçam sua ideia e apostem nela, sim, é imprescindível. Para quem está de fora, o Plano de Negócios é a única forma de conhecer detalhamente sua ideia e saber se ela tem chances de dar certo ou não. Então, ao escrevê-lo, seja objetivo, evite erros gramaticais, busque informações confiáveis e seja flexível.
Apresento minha ideia?
É comum as pessoas temerem que suas ideias sejam roubadas, plagiadas, copiadas... É um temor justificável, mas livre-se dele! Sua ideia precisa ser conhecida, para que haja interesse nela, não precisa colocar a boca no trombone, mas conversar com as pessoas certas e abrir o jogo sobre seu negócio é fundamental.
Se você já tem em vista um possível investidor (investidor-anjo), fique atento as dicas:
1- Investidores-anjo se interessam por negócios de crescimento rápido e escalável. Se o seu projeto não possui esse perfil, melhor buscar outras fontes de recursos.
2- Ao colocar dinheiro na sua empresa, o investidor-anjo também se torna dono, tendo voz nas decisões, esteja atento e pronto para aceitar esse fato.
3- Seja atrativo, o investidor-anjo só investirá em seu negócio se ele apresentar potencial, que atenda uma demanda específica e seja difícil de imitar. Nessa fase o Plano de Negócios faz a diferença, pois nele constam todos os detalhes que o investidor quer saber.
4- Seja convincente. O investidor precisa perceber que você está entregue de corpo e alma a este negócio e fará o impossível para fazer acontecer.
5- Mostre o que você já fez. Suas experiências serão levadas em consideração para saber se você tem capacidade para o projeto.
6- Não tem equipe? Monte uma. É muito difícil um investidor acreditar que você será capaz de tocar uma empresa sozinho. Ter uma equipe qualificada é essencial.
7- Não se limite a aparência. Investidores não se convencem com tão pouco.
8- Prepare seu discurso e esteja certo de que sabe tudo sobre seu Plano de Negócios.
9- Analise se a visão do investidor está alinhada a sua.
Onde buscar ajuda?
Se você não consegue investidor, outra alternativa para que seu negócio saia do papel são as Incubadoras e outros órgãos de apoio às empresas iniciantes. Eles ajudam desde a elaboração do Plano de Negócios à estruturação da empresa. Para participar geralmente há uma seleção ou testes. Uma pesquisa rápida na internet e você encontrará inumeras incubadoras, umas delas pode estar na região onde você mora.
Enfim, traduzindo... Trabalhe, coloque o pé na estrada, corra atrás! Só assim conseguirá! Ah, busque e aceite ajuda, pois ninguém é feliz sozinho!
Leia mais na revista Você S/A, edição 171, setembro de 2012.
Abraços,
Adm. Daniele Paulino
Na minha opinião de Administrador, deveria dar mais atenção ao Plano de Negócio, pra mim uma das peças-chave de um empreendimento bem sucedido!
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