Muitos investidores, analistas, blogueiros, estudantes e professores podem estar dizendo nesse momento: "eu avisei que era só uma moda". Numeros divulgados pelo site de compras coletivas Groupon paracem assustar a primeira vista, no entanto, é preciso puxar um pouco mais o tapete para saber o que há por baixo dele.
Segundo as informações divulgadas, o Groupon teve, no segundo trimestre, um prejuízo líquido de US$ 102,7 milhões, em linha com o do primeiro trimestre e mais que o dobro dos US$ 36,8 milhões apurados no segundo trimestre de 2010. Esses numeros muito se devem aos gastos da companhia, que contratou mais de 1.000 funcionários para manter a expansão dos negócios. A equipe de vendas do Groupon é imensa e precisa estar presente fisicamente em todos as cidades onde a empresa desejar chegar.
Assim como o prejuízo, o faturamento também cresceu, saltando de US$ 644,7 milhões para US$ 878 milhões no segundo trimestre, gerando um ganho de receita de 36%, a metade dos 63% registrados no primeiro trimestre. O que demonstra claramente que o ritmo de crescimento da empresa diminuiu.
O fato é que esse modelo de negócio é muito rentável, porém muito arriscado. Como diversos analistas apontam, é preocupante o fato de a empresa ter que gastar muito para também ganhar muito, ficando vulnerável à concorrência que puder criar alternativas de negócio menos dispendiosas.
É impossível negar o alcance da marca Groupon, ao considerar que o numero de assinantes do site saltou de 83,1 milhões no primeiro trimestre para 115,7 milhões no segundo trimestre, gerando expectativas de aumento no faturamento. Mas, para a empresa equilibrar as contas é preciso reduzir custos, como ocorreu com a aplicação em Marketing, que reduziu de US$ 208 milhões para US$ 170,5 milhões.
Até o fim do ano saberemos se os palpiteiros de plantão estão certos ou verão a empresa se consolidar de vez nesse novo seguimento.
Abraços,
Daniele Paulino
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