quarta-feira, 18 de maio de 2011

VIVA LÁ REVOLUCIÓN NAS REDES SOCIAIS


"O poder e a relevância das redes sociais para unir e conectar pessoas, comunidades e países é grande e inovador para a sociedade humana, (e não houve) nada melhor do que na revolução egípcia."

Desde os anos 60 a população jovem (na sua maioria estudantes), através da UNE (União Nacional dos Estudantes) marcou presença nos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais do Brasil, desde a luta pelo fim da Ditadura Militar, as Diretas e o Impeachment do Collor. Passamos na última década (2000-2010) por um período de calmaria e aceitação por grande parte dos jovens, sem quase nenhum movimento que realmente gerasse a comoção da população. Entretanto, em menos de um mês duas campanhas originadas nas redes sociais começaram a surtir efeito e estão atraindo mais e mais jovens para reinvidicar por algo que pertence a todos e não apenas uma parcela da população.

O público-alvo da maioria das redes sociais são os jovens - desde seus 13 anos de idade (ou até antes) até os 30 anos - e a partir do boom do Twitter em 2010 se tornou comum termos nos "trending topics" referências a programas de TV, bandas e artistas teen, torcidas rivalizando-se, entre outros. Isto fez a imprensa, como um todo, voltar as atenções para o que é dito no microblog. Dentro de poucos meses um simples tweet (com seus míseros 140 caracteres) tinha o 'poder' de originar uma matéria na capa/home de alguma revista/site. Toda a população tinha acesso a uma das maiores ferramentas/rede sociais criadas até então.

Há cerca de 2 meses temos visto manifestações 'virtuais' se propagando de maneira grandiosa, atraindo novamente os olhares da imprensa. Essas "manifestações virtuais" são dominadas, em sua grande maioria, por jovens estudantes/universitários e parecem retornar um pouco daquele brio que os jovens (dessa vez, dos anos 60 a 80) tinham ao lutar contra o regime militar ou pelas eleições diretas ou queda do Collor.

A primeira campanha que gerou grande barulho entre a população jovem foi a "Preço Justo Já" encabeçada pelo videologger (termo utilizado para identificar produtores de vídeo pessoais para internet) Felipe Neto, uma das maiores celebridades da internet atualmente. Em menos de 1 mês a campanha já conseguiu mais de 500 MIL assinaturas e seu vídeo no YouTube possui mais de 3 MILHÕES e meio de acessos. A campanha tem por finalidade discutir a redução da carga tributária sobre mercadorias importadas (Ipads, Play Station 3, jogos), apresentando valores desses mesmos produtos vendidos no mercado internacional em comparação com o mercado interno.

A segunda campanha de grande comoção ocorreu semana passada e foi mais uma mostra de que as coisas podem sim estarem mudando, mesmo que a passos curtos. Além de confirmar o poder que a internet e as redes sociais tem para difundir a informação. O "Churrascão da gente diferenciada" foi um protesto contra a alteração do local que seria construída a nova estação de metrô em Higienópolis (bairro nobre de São Paulo). Com mais de 50 mil confirmações de presença no Facebook em menos de 4 dias, o evento levou as ruas do bairro nobre da capital mais de 600 manifestantes. Entretanto, muitos deles compareçam mais para se divertirem do que para conscientizar e reivindicar algo.

Durante muito tempo as manifestações ocorreram só na internet, porém os últimos acontecimentos estão mostrando que essa geração Y está realmente indo as ruas e protestando contra o aumento abusivo dos preços, preconceitos em suas mais variadas formas, má distribuição do orçamento público, entre muitas outras discrepâncias.

Faço das palavras de um amigo de longa data as minhas: Vamos torcer para que isso realmente seja sério e as pessoas que vão estejam engajadas e realmente acreditem que possam mudar "algo". O poder não está na mão dos ricos (que são poucos) e sim nos pobres (que são muitos), mas para que consigam reivindicar qualquer coisa é necessário organização e conscientização.

Vale a pena conferir os links abaixo:


Forte abraço,

Wellington O. Nascimento

"Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética."
- Che Guevara

2 comentários:

  1. Muito bom o post, parabéns....Se cada pessoa soubesse correr atrás de seus direitos e se organizar para um bem comum, com certeza teríamos mais manifestações e conseguiríamos mudar "algo"

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  2. Will, bem legal o post,somente uma correção, o acesso as redes sociais não tem seu público-alvo definido entre 13 - 30 anos, a idade é mais elevada...se pegar por base os números pesquisados nos últimos meses, vemos um crescimento do tipo 20 - 45 anos...vale a pena verificar a informação.

    Abração, e não vou mais comentar aqui se voce não comentar no meu também ok? rsrs


    www.markethynk.blogspot.com

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