Pesquisas recentes mostram que o otimismo contribui bastante para conseguir sucesso na procura de emprego e promoções. Ron Kaniel, Cade Massey e David. T. Robinson estudaram os efeitos das atitudes otimistas em alunos cursando diversos MBA’s. O estudo levou principalmente em consideração os dados sobre procura de novos empregos e promoções, em um período de até dois anos depois da conclusão do MBA.
Kaniel é um professor associado de finanças na Escola de Negócios Fuqua, na Universidade de Duke; Massey é professora-assistente de Comportamento Organizacional na Faculdade de Gestão de Yale; Robinson é professor de finanças.
Os otimistas se saíram muito melhor que seus pares menos otimistas em alguns quesitos importantes. Os pesquisadores relatam que os otimistas conseguiram trabalho mais facilmente, com procuras menos intensivas. Além disso, dois anos depois da conclusão do curso, os otimistas tinham também maior probabilidade de serem promovidos.
A melhor procura por um novo trabalho parece não ter ligação com informações que possivelmente os otimistas tivessem, o que certamente levaria a uma vantagem frente aos outros.
Por exemplo: Quando os pesquisadores perguntaram aos estudantes de MBA sobre um valor que eles esperavam que fosse oferecido no seu primeiro emprego, os otimistas (obviamente) responderam valores acima da media praticados pelos seus pares. Deve-se ressaltar porem, que os otimistas não mostraram vantagens quanto a valores, efetivamente.
Os pesquisadores pediram também para os alunos apontarem quem eram os colegas mais carismáticos, os que mais tinham chances de se tornarem CEO’s ou os mais otimistas quanto a esse ponto (para tentar saber se os alunos otimistas eram otimistas por causa da personalidade, e não por condições favoráveis por terceiros). No geral, os otimistas pareciam ser reconhecidos mais frequentemente por seus colegas como mais carismáticos. Porém, apenas um terço desses selecionados teve um grande sucesso no mercado de trabalho.
E o que mais é atribuído a esse sucesso? Os pesquisadores não sabem dizer com certeza, mas eles lembram que outras pesquisas feitas por outros pesquisadores mostram claramente que pessoas otimistas por disposição tendem a lidar melhor com problemas e a são mais flexíveis quanto a adotar novas táticas de ação quando preciso.
Ron Kaniel, Cade Massey e David. T. Robinson escreveram um livro, onde vocês podem constatar com maiores detalhes isso que foi descrito: "The Importance of Being an Optimist"
Acho interessantíssimo o estudo do comportamento humano associado ao seu retorno financeiro e pessoal. A pesquisa procura utilizar fatos concretos e não somente o velho “porque ele pensa positivo”. Muitas pessoas pensam positivo, mas otimismo é a capacidade de sempre ver e esperar algo bom, apesar das adversidades. E esse tipo de comportamento não é adquirido. Acredito que tal qual as competências de liderança, os indivíduos já nascem com uma pré-disposição. Logicamente voce pode estudar a espeito e desenvolver algumas das competências ao longo de anos, mas eu não acredito na mesma efetividade.
De qualquer forma, foi um ótimo trabalho dos pesquisadores, e muito louvável a atitude da Forbes em divulgar o conteúdo. Espero ler mais matérias assim.
Como consta na Forbes: “This article is adapted from "Why It Pays To Be an Optimist" by Martha E. Mangelsdorf, which appeared in the Winter 2011 issue of MIT Sloan Management Review. Copyright Massachusetts Institute of Technology, 2011. All rights reserved.
Yuri Oliveira Carneiro
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